sábado, 14 de março de 2009

Comunicado aos Trabalhadores da ANA Porto: Por uma Empresa Pública ao serviço da região e do país, que promova o trabalho com direitos e qualidade!

A Ana-Aeroportos de Portugal,S.A. como empresa gestora das infra-estruturas aeroportuárias do nosso País, não pode ser colocada ao serviço de qualquer grupo, dito de interesses, que ultrapassem o interesse nacional que a mesma detém em termos económicos e sociais. Pelo que não deve ser privatizada.

O Aeroporto F. Sá Carneiro não é excepção, e não deve ser privatizado. Mas a sua gestão também não deve ser entregue a um qualquer grupo de autoproclamados “defensores do Norte”. Enquanto infra-estrutura rotulada de “apeadeiro” nos anos 80/90, nunca houve “grupos” com interesse em investimentos para que o mesmo se tornasse competitivo para o Porto, o Norte e a sua população. O investimento aplicado saiu do bolso do erário público, ou seja de todos os contribuintes, porquê entregar agora o Aeroporto F. Sá Carneiro na mão de alguns?

Quem teve a preocupação de consultar a grande massa de trabalhadores deste aeroporto, que movimentam esta infra-estrutura? Quem consultou os trabalhadores que acolhem os potenciais clientes, não só os passageiros, como as companhias aéreas, as empresas ligadas directa e indirectamente a este aeroporto? Quem respeita as dificuldades e sacrifícios suportados pelos trabalhadores enquanto a nova infra-estrutura era construída?

A privatização do Aeroporto F. Sá Carneiro, só avança se os trabalhadores o permitirem. Este o nosso primeiro compromisso: lutar e mobilizar os trabalhadores para esta luta.

Uma outra luta a travar é contra o sistema de outsourcing a que a nossa Empresa recorre cada vez mais. Uma situação que não interessa aos trabalhadores (redução de vencimentos e direitos sociais, liquidação das carreiras profissionais, etc.). Mas uma situação que também degrada a Empresa e a qualidade do serviço que presta ao país.

Carreiras que no passado estavam vínculadas à empresa, como o serviço de socorros, hoje acentam em mão-de-obra externa. No serviço de transportes, quantos trabalhadores existiam, quantos são hoje da ANA-Aeroportos, e quantos são da empresa externa? Quantos trabalhadores foram empurrados para a rescisão amigável do contrato de trabalho, para as indemnizações, o fundo de desemprego e a desvinculação da empresa?

Este é outro compromisso que aqui deixamos: lutar pelo trabalho com direitos para todos os trabalhadores do Aeroporto, e inverter o processo de substituição de trabalhadores da ANA pelo recurso ao outsourcing.

O Aeroporto F. Sá Carneiro é o 1º da Europa e o 4º melhor do mundo dentro do seu grupo, e no universo ANA o mais rentável, com melhores infra-estruturas, percentagem mais elevada de passageiros, de companhias aéreas e, por conseguinte, o mais apetecível para alguns grupos de interesse.

O SITAVA, como sindicato maioritário dos trabalhadores da ANA-Aeroportos,S.A., tem uma palavra a dizer neste contexto, pelo que necessita de uma direcção moderna, actual, com novas ideias e novos projectos face à situação que se avizinha.

Dia 19 de Março os Associados têm oportunidade e capacidade para saber distinguir entre o passado e o futuro.

Trabalhadores da ANA-Porto candidatos à Direcção do Sitava na Lista B sob o Lema "Por um Sitava Mais Forte nos Locais de Trabalho":

Arminda Martins e Mário Cardoso; Lourenço Alves (à AG)