terça-feira, 24 de março de 2009

Comunicado da Lista B sobre os Resultados Eleitorais

No momento em que só faltam apurar cerca de 200 votos por correspondência, é já evidente que os trabalhadores associados no Sitava escolheram a Lista A para os órgãos sociais do Sitava. Logo, este será o nosso último comunicado enquanto Lista B: continuaremos no Sitava, mas não seremos uma fracção organizada no seu seio.

Ao mesmo tempo que registamos e reconhecemos a vitória da Lista A nestas eleições, não podemos deixar de sublinhar o significado da nossa lista, a lista B, ter saído vencedora no conjunto de mesas de Lisboa e de ter termos ganho em empresas como a TAP, a SPdH e a OGMA, bem como de termos tido votações significativas noutras empresas e locais de trabalho. Estes resultados, a bem dos trabalhadores e do reforço do sindicalismo devem ser objecto de cuidada reflexão, ponderação e análise por parte de todos, mormente por parte dos dirigentes ora eleitos, tirando as necessárias e devidas ilacções.

Como dissemos no nosso último comunicado, temos plena consciência de que valeu a pena constituirmo-nos como lista e apresentar aos trabalhadores um projecto sério da mudança que é necessário implementar no nosso Sindicato. Hoje continuamos convencidos que essa mudança é fundamental e inevitável, e que a apresentação da Lista B às eleições do Sitava foi um primeiro passo para essa mudança.

Quando vemos a ofensiva que se projecta para o nosso sector (privatizações da ANA, da TAP, da Portway, da SPdH, da SATA; ataque a todos os AE's; ameaças à própria sobrevivência de Empresas como as OGMA e a SPdH; crescimento da precariedade e do outsorcing) ficamos naturalmente preocupados perante as fragilidades da direcção do nosso Sindicato. Mas não basta ficar preocupados: é preciso fazer algo de construtivo! As energias que este processo eleitoral potenciou devem ser de imediato aproveitadas para a renovação e reforço da estrutura de delegados sindicais, através de amplos e democráticos processos eleitorais nos locais de trabalho, como aliás tinhamos apontado no Programa de Acção da Lista B.

O apelo que dirigimos a todos os trabalhadores Associados no Sitava, a começar, naturalmente por todos aqueles (candidatos, subscritores, apoiantes e votantes) que corporizaram este projecto de mudança que foi a lista B, é o de que continuemos a agir, consequentemente, sob o lema de que "São os trabalhadores que fazem os Sindicatos" - o que implica estarmos disponíveis para a acção sindical a todos os níveis. Pela nossa parte, desde já afirmamos que continuaremos a ser activistas sindicais, e que vamos continuar a intervir pelas três grandes ideias que deram corpo ao projecto da Lista B:

- Por um Sitava Mais Forte nos Locais de Trabalho;
- Pelo Alargamento da Unidade dos Trabalhadores;
- Por uma acção firme em defesa dos direitos, dos salários e da economia nacional;

Continuamos na Luta!

terça-feira, 17 de março de 2009

Dia 19 Março: VAMOS CONCRETIZAR A MUDANÇA!

Estamos no último dia da Campanha Eleitoral para o nosso Sindicato - o Sitava. Estamos confiantes. Desde que em Novembro manifestámos a nossa intenção de construir uma lista unitária para a Direcção do Sindicato, temos encontrado um crescente apoio às nossas propostas. Os mais de 200 trabalhadores que subscreveram o Manifesto de Dezembro, os 659 que subscreveram a lista que apresentámos em Fevereiro, as muitas centenas de outros que desde então já nos expressaram o seu apoio, constituem um movimento crescente rumo à Mudança Necessária. Um Movimento que superou serenamente as dificuldades mais inesperadas, fossem a destruição da nossa propaganda, os boatos difamatórios, ou a utilização abusiva dos meios do nosso Sindicato pela outra lista.

Falta o passo final. Votar! É no dia 19 de Março que os trabalhadores associados no Sitava terão que escolher entre duas listas, dois projectos, duas visões diferentes do que deve ser a acção e a prática sindical. Este último comunicado da Lista B destina-se exactamente a sublinhar as razões fundamentais do nosso apelo ao voto na Lista B.

1. Por um Sitava Mais Forte nos Locais de Trabalho

Os três meses passados após o surgimento da Lista B, já demonstraram que é possível um Sitava mais Forte nos Locais de Trabalho. Desde logo, fica demonstrado que há mais gente disponível a trabalhar e assumir responsabilidades, disponível para se organizar e colocar ao serviço de uma acção colectiva. Fica demonstrado que é possível produzir mais informação aos associados (até a revista saiu ao fim de mais de três anos) e que é possível utilizar as novas tecnologias da informação com mais regularidade e qualidade. Fica demonstrado que quando os dirigentes sindicais não se colocam acima dos restantes trabalhadores, mas antes desenvolvem a sua acção no seu seio, os sindicatos reforçam-se e reforça-se a sua capacidade de defender os interesses colectivos. Mas para que a Mudança se concretize, é decisivo que no dia 19 de Março os trabalhadores elejam a Lista B.

2. Pelo Alargamento da Unidade dos Trabalhadores

Nestas eleições, duas concepções de unidade estiveram em debate, como a leitura dos programas das duas listas permite constatar. Entendemos que a unidade não significa ficar parado a ver o nosso sindicato definhar enquanto as anteriores direcções vão escolhendo as seguintes como se os cargos dirigentes fossem de sucessão dinástica, e os trabalhadores se vão afastando da acção sindical. A unidade não é algo que se constrói à volta de uma mesa, entre diversos representantes dos trabalhadores: é algo que se constrói no terreno, na prática, unindo os trabalhadores para uma acção colectiva eficaz. E sem uma prática sindical determinada, consequente e envolvente, não se constrói a unidade, desde logo porque se afasta dela os que têm que estar unidos numa acção comum: os trabalhadores! No dia 19 de Março, eleger a Lista B, é dar um imprescindível, fundamental e inadiável contributo para o alargamento da unidade dos trabalhadores

3. Uma acção firme em defesa dos direitos, dos salários e da economia nacional!

A crise económica em que o neoliberalismo mergulhou o planeta e o país ameaça fortemente o nosso sector. As respostas que nos estão a tentar impôr de que se resumem a uma intensificação da exploração da nossa força de trabalho (reduzindo salários e destruindo direitos, nomeadamente a contratação colectiva) e o prosseguimento do processo de liberalização, só agravará a crise e colocará em risco a própria sobrevivência das empresas nacionais no sector (disso são exemplos, a privatização da ANA, da Portway, da TAP e da SPdH). Só os trabalhadores podem impedir que um poder político ao serviço dos grandes grupos económicos continue a impor as políticas e as práticas, que não só conduziram à actual crise, como visam, até, aproveitar da própria crise para manter e reforçar a acumulação de riqueza nas mãos de poucos, e a exploração, a falta de regalias, a falta de direitos e os baixos rendimentos para a larga maioria daqueles que dão o seu trabalho o seu esforço e dedicação em prol da economia nacional. No nosso sector tal só será possível com uma direcção do Sitava renovada, reforçada, confiante, ligada aos trabalhadores e empenhada na sua unidade e acção colectiva. É por tudo isso que no dia 19 de Março é fundamental eleger a Lista B.



segunda-feira, 16 de março de 2009

Na TAP, um SITAVA mais forte nos locais de trabalho significa: MAIS INFORMAÇÃO, MAIS ORGANIZAÇÃO, MAIS DETERMINAÇÃO, MAIS RESULTADOS!

Os trabalhadores da TAP enfrentam neste momento uma Administração que procura disfarçar os seus erros de gestão atirando para os trabalhadores as responsabilidades da situação financeira da Empresa. Em 2008 não só não tivemos os aumentos que nos eram devidos, como desde o Verão que a Administração vem tentando reduzir os nossos direitos por via da liquidação do AE. E 2009 promete ser ainda pior, pois nem o prémio pelos resultados será atribuído, e a Administração ameaça com um aumento 0% e prossegue com as tentativas de liquidar o AE.

São três os princípios que devem suportar a acção sindical durante o ano de 2009: Pagamento do Aumento referente a 2008; Actualização Salarial para 2009; salvaguarda dos direitos consagrados no Acordo de Empresa. Mas para que a acção sindical seja mais eficaz, é determinante que: Seja conduzida a par de uma permanente informação e mobilização dos trabalhadores! - exactamente o oposto do que tem caracterizado a acção do Sitava nos últimos tempos.

Em 2009 os trabalhadores terão uma palavra a dizer sobre outras questões, estruturantes para o futuro da TAP, que têm passado ao lado da intervenção sindical, nomeadamente: a salvaguarda do futuro da Manutenção da TAP, ameaçado pelo "negócio" da VEM; a ameaça de privatização (seguida de liquidação) da própria TAP, por gente que já esqueceu o desastre para que nos quiseram empurrar com a SwissAir; as consequências para a TAP da privatização da ANA e das opções que têm sido seguidas no handling. São questões onde as opções de gestão e as opções políticas têm sido norteadas por interesses alheios ao interesse nacional, e onde obscuros objectivos económicos (sejam da Mota Engil, dos grandes grupos económicos europeus ou outros) têm determinado. Só os trabalhadores estão em condições de esclarecer e mobilizar a opinião pública para a defesa da TAP, dos seus postos de trabalho e da economia nacional. E nesta luta, o Sitava tem um papel decisivo a desempenhar!

Mas paralelamente às grandes questões, decisivas do futuro de todos os trabalhadores da TAP, existe um mundo de problemas e necessidades, que afectam um conjunto mais limitado de trabalhadores, mas não deixam por isso de ser questões nucleares da intervenção sindical. São exemplo disso: a necessidade da reintrodução da carreira de TTAE na TAP; os trabalhadores que exercem funções de supervisão e coordenação sem para tal serem remunerados; a recusa de fornecimento de fardamento adequado; as clamorosas falhas na formação. O afastamento do Sitava destes problemas concretos dos trabalhadores tem sido e é preocupante, revelando deficiências de intervenção sindical que se impões alterar. A alternativa que a Lista B propõe assenta, não apenas no conjunto de dirigentes activos (e no activo) que apresenta, mas principalmente no seu compromisso de construir uma rede de delegados sindicais eleitos pelos trabalhadores, responsabilizados e informados. Sem este tipo de actuação e organização, a intervenção sindical fica limitada. Esta organização sindical assente nos locais de trabalho terá melhores condições de acompanhar e resolver um leque alargado de questões que hoje preocupam os trabalhadores.

No dia 19 de Março,
para concretizar a Mudança Necessária,
é preciso VOTAR NA LISTA B!

Trabalhadores da TAP candidatos aos Órgãos Sociais na Lista B sob o Lema "Por um Sitava Mais Forte nos Locais de Trabalho"

Direcção: Ana Filipa Saraiva (TC); Cláudia Dias (TC); José Manuel Caxaria (TAM); José Sá Marques (TMA) Ass. Geral: Pedro Franco (TMA) e Vitor Baeta (TMA)

Comunicado para a Portway: Os trabalhadores da Portway precisam de um SITAVA mais forte nos locais de trabalho!

Pertencemos a um Sector de Actividade, o handling, que enfrenta um momento de grande incerteza. Apesar de todas as empresas a operar nos Aeroportos Portugueses serem 100% públicas, os governos escolheram o caminho de as empurrar para a concorrência umas com as outras, para a prática sucessiva de dumping, caminho que as colocou todas em resultados operacionais negativos. Escudando-se nesses resultados negativos - fruto das opções políticas dos governos e das opções de gestão das Administrações - a nossa Empresa tem promovido uma política de redução real dos salários. É preciso recusar estas "soluções", velhas e estafadas, que fazem da redução do preço da nossa força de trabalho a salvação da nossa Empresa.

Neste quadro, a ameaça de privatização da Portway, é uma ameaça bem real e a que os trabalhadores se têm de opôr antes que seja tarde. Esta política de intensificação da exploração - pela redução real de salários, desregulamentação dos horários e ataque à contratação coletiva - será inevitavelmente acelerada com a privatização, num processo que colocará ainda em risco a própria sobrevivência da Empresa.

Estas duas linhas serão essenciais na postura de defesa dos trabalhadores da Portway que implementaremos no Sitava.

Mas é preciso também assumir uma postura mais activa em torno de questões centrais para a nossa actividade laboral, como sejam:

- O ajustamento das nossas carreiras;

- A correcção dos actuais horários, com escalas mal feitas e pior aplicadas, e excesso de horas semanais;

- A insuficiência dos espaços físicos;

- A exigência de melhoria nas questões de segurança, nomeadamente no Terminal de Carga em Lisboa.

Os trabalhadores da Portway orgulham-se das profissões que exercem, mas exigem, com razão, condições dignas de trabalho. O mau ambiente de trabalho hoje existente, com a degradação das relações entre os trabalhadores e as chefias, só será ultrapassado com um maior respeito por quem trabalha.

Este é outro compromisso que assumimos: através de uma acção mais centrada nos locais de trabalho, dinamizar a acção colectiva por melhores condições de trabalho.

Acreditamos que, se nos unirmos, mostrando a força de quem trabalha, que poderemos alcançar os nossos objectivos enquanto trabalhadores: defender a empresa e os postos de trabalho; defender os salários e os direitos de quem trabalha; melhorar as condições de trabalho na Portway.

Novas propostas da Lista B sobre as Mesas não tiveram acolhimento

Em comunicação dirigida ao Presidente da MAG e ao Mandatário da Lista A, haviamos proposto que fosse atendida uma reclamação de trabalhadores do Aeroporto Sá Carneiro, que reclamavam uma nova mesa, nomeadamente na fase 0. Essa proposta não foi atendida, criando na nossa opinião desnecessárias dificuldades no acesso às mesas de voto de um conjunto de trabalhadores.

Igualmente por carta, a lista B questionou os critérios do Presidente da MAG de nomear para Presidentes das Mesas Eleitorais a diversos candidatos da Lista A e nenhum da Lista B (e já agora, a diversos apoiantes públicos da Lista A e nenhum da Lista B). Parece-nos de uma evidente e desnecessária parcialidade esta postura. Também esta nossa reclamação não foi atendida.

Estando garantida pelas Listas a presença de delegados seus em todas as Mesas, assim se garantindo a democraticidade do acto eleitoral, esta postura do Presidente da MAG não põe em causa o processo, apenas revela uma lamentável e dispensável parcialidade.

Aguardamos, com serenidade e confiança, que no dia 19 de Março os associados do Sitava exerçam o seu soberano direito de eleger os novos órgãos sociais do nosso Sindicato.

sábado, 14 de março de 2009

Estivemos na Manifestação Nacional da CGTP-IN que reuniu mais de 200 Mil Trabalhadores para "Mudar de Rumo"


Comunicado aos Trabalhadores da ANA Porto: Por uma Empresa Pública ao serviço da região e do país, que promova o trabalho com direitos e qualidade!

A Ana-Aeroportos de Portugal,S.A. como empresa gestora das infra-estruturas aeroportuárias do nosso País, não pode ser colocada ao serviço de qualquer grupo, dito de interesses, que ultrapassem o interesse nacional que a mesma detém em termos económicos e sociais. Pelo que não deve ser privatizada.

O Aeroporto F. Sá Carneiro não é excepção, e não deve ser privatizado. Mas a sua gestão também não deve ser entregue a um qualquer grupo de autoproclamados “defensores do Norte”. Enquanto infra-estrutura rotulada de “apeadeiro” nos anos 80/90, nunca houve “grupos” com interesse em investimentos para que o mesmo se tornasse competitivo para o Porto, o Norte e a sua população. O investimento aplicado saiu do bolso do erário público, ou seja de todos os contribuintes, porquê entregar agora o Aeroporto F. Sá Carneiro na mão de alguns?

Quem teve a preocupação de consultar a grande massa de trabalhadores deste aeroporto, que movimentam esta infra-estrutura? Quem consultou os trabalhadores que acolhem os potenciais clientes, não só os passageiros, como as companhias aéreas, as empresas ligadas directa e indirectamente a este aeroporto? Quem respeita as dificuldades e sacrifícios suportados pelos trabalhadores enquanto a nova infra-estrutura era construída?

A privatização do Aeroporto F. Sá Carneiro, só avança se os trabalhadores o permitirem. Este o nosso primeiro compromisso: lutar e mobilizar os trabalhadores para esta luta.

Uma outra luta a travar é contra o sistema de outsourcing a que a nossa Empresa recorre cada vez mais. Uma situação que não interessa aos trabalhadores (redução de vencimentos e direitos sociais, liquidação das carreiras profissionais, etc.). Mas uma situação que também degrada a Empresa e a qualidade do serviço que presta ao país.

Carreiras que no passado estavam vínculadas à empresa, como o serviço de socorros, hoje acentam em mão-de-obra externa. No serviço de transportes, quantos trabalhadores existiam, quantos são hoje da ANA-Aeroportos, e quantos são da empresa externa? Quantos trabalhadores foram empurrados para a rescisão amigável do contrato de trabalho, para as indemnizações, o fundo de desemprego e a desvinculação da empresa?

Este é outro compromisso que aqui deixamos: lutar pelo trabalho com direitos para todos os trabalhadores do Aeroporto, e inverter o processo de substituição de trabalhadores da ANA pelo recurso ao outsourcing.

O Aeroporto F. Sá Carneiro é o 1º da Europa e o 4º melhor do mundo dentro do seu grupo, e no universo ANA o mais rentável, com melhores infra-estruturas, percentagem mais elevada de passageiros, de companhias aéreas e, por conseguinte, o mais apetecível para alguns grupos de interesse.

O SITAVA, como sindicato maioritário dos trabalhadores da ANA-Aeroportos,S.A., tem uma palavra a dizer neste contexto, pelo que necessita de uma direcção moderna, actual, com novas ideias e novos projectos face à situação que se avizinha.

Dia 19 de Março os Associados têm oportunidade e capacidade para saber distinguir entre o passado e o futuro.

Trabalhadores da ANA-Porto candidatos à Direcção do Sitava na Lista B sob o Lema "Por um Sitava Mais Forte nos Locais de Trabalho":

Arminda Martins e Mário Cardoso; Lourenço Alves (à AG)